Tão certo quanto incerto
É a certeza de não querer,
uma alma por perto.
A certeza insciente
de amar
A incerteza da existência
Tão certo o sabor da ausência
Tão incerto o ato de ser incorreto
A incerteza do ser, do saber, do viver...
26 outubro 2007
Cem dúvidas
Já, porém, ainda sim
Vi mistérios e eclipses
Músicos frustrados
Tomei porre de bebida
Dancei a música ouvida
Falei o que quis
Ouvi coisas que não quis
Cedi meu corpo e mente
Fiquei doente
Amei... desenfreada mente
Fiz poemas eloqüentes
Vi mendigos serem injustiçados
Hippies inseguros de si
Fui magoada e amada
Vi um animal ser sacrificado
Andei de bicicleta em dia de chuva
Fiz amigos verdadeiros
Fui perdoada
Perdoei...
Chorei no quarto sozinha
Vi amizades se formarem
Fui à festas esquisitas
Experimentei o proibido
Sonhei alto
Caí e machuquei, me esfolei
Ouvi músicas loucas
Outras bem escritas
Fui guitarrista, cantora
Fui eu mesma
Cantei em palcos
Tive calafrios em vários encontros
Beijei na chuva, no sol, na noite
Estraguei um bolo em um aniversário
Confiei eroneamente
Tive medo e coragem
E outros... e outros
Fiz tudo isso
Faço tudo issu de novo
Eu não quero ser nada
Além de mim
16 outubro 2007
Você já reparou algum estranho em uma foto sua?
Você já olhou para uma foto sua e viu um estranho no fundo?
Te faz perguntar, quantos estranhos tem uma foto sua?
Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte?
Ou se fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade?
Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram.
Nós continuamos a tentar nos aproximar?
Como se fossemos destinados a estar lá.
Pense:
podemos ser uma grande parte da vida de alguém...
...e nem saber.
(Na foto Yuricka, Gabriel, Eu e dois estranhos...rs
No Baile dos Barangos em PL)
12 outubro 2007
Não mais acho, eu... achava
Os meus achismos se acham...
Têm às vezes, vontade própria.
Os meus achismos se enganam...
Por vezes se difamam, sem glória.
Os meus achismos se proclamam...
Como um colono profano e não-simplório!
Os meus achismos julgam...
Errôneos julgamentos esguios e obrigatórios.
Os meus achismos se cansam...
Não mais insistem... Discórdia!
Agora domados,
os meus achismos dormem...
E dormem!
Daqui a uns anos (poucos)
No mar
Peixes boiando mortos
Na areia
Ovos de tartarugas, super-aquecidos
No céu
Só os que voam mais alto, sem rolinhas
Nas árvores
Nada existe, nem elas
Os animais
Só estruturas ósseas para alguns séculos à frente
Humanos
Queimaram-se
Sugados por seu veneno, poluição!
E nos avisaram...
E nós, desacreditamos...
Fim de uma era
Medonho!
07 outubro 2007
O Exaustivo excesso da comunicação no Interior (As populares fofocas agregadas a enorme preocupação com a vida alheia)
"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!"
02 outubro 2007
Alguma coisa sobre ser feliz
A felicidade pode estar nas sombras,
em dias chuvosos
nos caminhos tortos.
Valorizar momentos felizes é o que temos,
viver o presente, apaixonar-mos
por tudo e todos.
A felicidade é uma busca constante,
diária e incessante.
Busca da paz interior
da satisfação de sê-lo
aceitação
e a apreciação da melhor companhia:
Você mesmo!