23 dezembro 2007
Só pano!
Ó mais essa eu me darei o luxo de comprar
Afinal 379,00 não mata ninguém
Imaginem quando eu sair com essa calça?
Todos vão olhar
Admirar a Etiqueta colada no verso
Um salário mínimo é o preço
Você vai querer?
O mundo das marcas é supérfluo
Agora vai lá
Vista sua blusa ELLUS
Sua calça FORUM
e se sinta o melhor!
Quanto pagam pra divulgar as marcas
os panos colados nas calças e blusas
que chamamos de etiquetas?
Ó que maravilha! Assim eu tb vou querer!
02 dezembro 2007
2008
Aí vem a eleição no carro alegórico
E a dominação carismática como fiel escudeiro
Marcham arrastando discípulos
Massa, maioria
Subordinados!
Seguem o carro alegórico sorrindo
Comprados!
Não-estudados
O ‘rei’ no topo, ri
Seu voto por quantas cestas?
Quer viver de doação?
O que faz você pensar,
que será sustentado por ‘ele’ a vida inteira?
Oh! Quanta ingenuidade
Tente ver a tempo
‘Ele’ quer só seu voto!
Seu voto!
Sim este mesmo aí no carro alegórico
Sujando as ruas com panfletos
E você o apóia
Ele quer só seu voto!
Só
Aí vem a eleição
E junto com ela a decepção...
E a derrubada do sonho de uma vida melhor
E viveremos sonhando...
(Escrevi no mês de agosto deste ano, senti a necessidade de publicá-lo agora, pois as propagandas eleitorais partidárias já começaram a serem exibidas na televisão.)
30 novembro 2007
Tempos Modernos
Encontrei o meu amor eterno!
Comprei meu par perfeito em um brechó de almas.
Existe algo melhor nesta vida?
Dei uma olhadela na vitrine e lá estava...
Li seu perfil e logo me apaixonei.
O seu book era formidável!
Que pernas, que olhos, que seios maravilhosos!
Ah se todos conhecessem tal brechó!
Não haveria mais tristeza no mundo.
Quem diria que a tecnologia me traria tamanha alegria!?
Freqüentamos as mesmas Comunidades! Lemos os mesmos livros!
Gostamos dos mesmos filmes! Temos a mesma idade!
Sei que ela usa Armani!
Então ao deitar, lanço algumas gotas do perfume sobre a cama.
E imagino estar abraçado a ela!
Agora meu nickname tem corações e meu perfil “namorando”!
Não é fantástico?
(MUZZI, Gabriel. Meu amigo de sempre. Achei esse poema fantástico, mostra a realidade, e a ilusão das pessoas perante um instrumento como a internet.)
20 novembro 2007
Responsabilidades
22 anos, já tenho que decidir minha carreira acadêmica, que curso seguir, um emprego que seja compatível com a área estudada, mãe fala: ‘corra atrás’, e eu corro sim, aparecem pessoas descomprometidas em ajudar. Aparecem.... essas sempre aparecem! Eu queria ainda estar no 2º grau, tão despreocupada eu era, tão sem objetivos eu era... sinto falta da estagnação da mente, mas já estou prestes a me formar na faculdade e ai? Como é que será depois que eu já estiver formado? 22 anos e minha cabeça tem um turbilhão de pensamentos borbulhando, aferventando...
porém, feliz!
Adiamento
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
(Álvaro de Campos)
13 novembro 2007
Um gasto prazeroso
08 novembro 2007
Saudade e Desejo
Saudade do seu cheiro em minha roupa...
Vontade de falar baixinho em seu ouvido...
Saudade de suas mãos me tocando...
Vontade de você me apertando...
Saudade da sua boca em minha boca...
Vontade da minha boca em você...
Vontade de você em mim...
Vontade de você aqui.
(LOBO, Letícia. Amiga da faculdade, em um dia de enorme saudade do namorado, acabou saíndo este. Abraço Lelê!)
06 novembro 2007
26 outubro 2007
Cem dúvidas
Tão certo quanto incerto
É a certeza de não querer,
uma alma por perto.
A certeza insciente
de amar
A incerteza da existência
Tão certo o sabor da ausência
Tão incerto o ato de ser incorreto
A incerteza do ser, do saber, do viver...
Já, porém, ainda sim
Vi mistérios e eclipses
Músicos frustrados
Tomei porre de bebida
Dancei a música ouvida
Falei o que quis
Ouvi coisas que não quis
Cedi meu corpo e mente
Fiquei doente
Amei... desenfreada mente
Fiz poemas eloqüentes
Vi mendigos serem injustiçados
Hippies inseguros de si
Fui magoada e amada
Vi um animal ser sacrificado
Andei de bicicleta em dia de chuva
Fiz amigos verdadeiros
Fui perdoada
Perdoei...
Chorei no quarto sozinha
Vi amizades se formarem
Fui à festas esquisitas
Experimentei o proibido
Sonhei alto
Caí e machuquei, me esfolei
Ouvi músicas loucas
Outras bem escritas
Fui guitarrista, cantora
Fui eu mesma
Cantei em palcos
Tive calafrios em vários encontros
Beijei na chuva, no sol, na noite
Estraguei um bolo em um aniversário
Confiei eroneamente
Tive medo e coragem
E outros... e outros
Fiz tudo isso
Faço tudo issu de novo
Eu não quero ser nada
Além de mim
16 outubro 2007
Você já reparou algum estranho em uma foto sua?
Você já olhou para uma foto sua e viu um estranho no fundo?
Te faz perguntar, quantos estranhos tem uma foto sua?
Quantos momentos da vida dos outros nós fizemos parte?
Ou se fomos parte da vida de alguém quando os sonhos dessa pessoa se tornaram realidade?
Ou se estivemos lá, quando os sonhos delas morreram.
Nós continuamos a tentar nos aproximar?
Como se fossemos destinados a estar lá.
Pense:
podemos ser uma grande parte da vida de alguém...
...e nem saber.
(Na foto Yuricka, Gabriel, Eu e dois estranhos...rs
No Baile dos Barangos em PL)
12 outubro 2007
Não mais acho, eu... achava
Os meus achismos se acham...
Têm às vezes, vontade própria.
Os meus achismos se enganam...
Por vezes se difamam, sem glória.
Os meus achismos se proclamam...
Como um colono profano e não-simplório!
Os meus achismos julgam...
Errôneos julgamentos esguios e obrigatórios.
Os meus achismos se cansam...
Não mais insistem... Discórdia!
Agora domados,
os meus achismos dormem...
E dormem!
Daqui a uns anos (poucos)
No mar
Peixes boiando mortos
Na areia
Ovos de tartarugas, super-aquecidos
No céu
Só os que voam mais alto, sem rolinhas
Nas árvores
Nada existe, nem elas
Os animais
Só estruturas ósseas para alguns séculos à frente
Humanos
Queimaram-se
Sugados por seu veneno, poluição!
E nos avisaram...
E nós, desacreditamos...
Fim de uma era
Medonho!
07 outubro 2007
O Exaustivo excesso da comunicação no Interior (As populares fofocas agregadas a enorme preocupação com a vida alheia)
"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!"
02 outubro 2007
Alguma coisa sobre ser feliz
A felicidade pode estar nas sombras,
em dias chuvosos
nos caminhos tortos.
Valorizar momentos felizes é o que temos,
viver o presente, apaixonar-mos
por tudo e todos.
A felicidade é uma busca constante,
diária e incessante.
Busca da paz interior
da satisfação de sê-lo
aceitação
e a apreciação da melhor companhia:
Você mesmo!
28 setembro 2007
Simple Man (Lynyrd Skynyrd)
Mama told me when I was young
Come sit beside me, my only son
And listen closely to what I say.
And if you do this
It will help you some sunny day.
Take your time... Don't live too fast,
Troubles will come and they will pass.
Go find a woman and you'll find love,
And don't forget son,
There is someone up above.
(Chorus)
And be a simple kind of man.
Be something you love and understand.
Be a simple kind of man.
Won't you do this for me son,
If you can?
Forget your lust for the rich man's gold
All that you need is in your soul,
And you can do this if you try.
All that I want for you my son,
Is to be satisfied.
(Chorus)
Boy, don't you worry... you'll find yourself.
Follow you heart and nothing else.
And you can do this if you try.
All I want for you my son,
Is to be satisfied.
(Chorus)
(Tradução: http://lynyrd-skynyrd.letras.terra.com.br/letras/181503/)
27 setembro 2007
Sujeito Indireto
Quem dera eu achasse um jeito
de fazer tudo perfeito,
feito a coisa fosse o projeto
e tudo já nascesse satisfeito.
Quem dera eu visse o outro lado,
o lado de lá, lado meio,
onde o triângulo é quadrado
e o torto parece direito.
Quem dera um ângulo reto.
Já começo a ficar cheio
de não saber quando eu falto,
de ser, mim, indireto sujeito.
(LEMINSKI, Paulo. Distraídos Venceremos)
23 setembro 2007
Flor do Campo
Deveras és tu, flor do campo
Testemunha do ‘humor tempo’
Vistes chuvas, tempestades e relento
Viste o sol...
Beijos no assento
Desentendimentos
Ó flor do campo
Conte-me do arco-íris mais duradouro
E a estrela cadente, que ouro!
Quantos beija-flores beijaste?
E em tardes calaste...
Ao som do vento, dançaste...
Ouvistes os uivos dos lobos...
A lua iluminando a noite,
ofuscando o vaga-lume desatento
Joaninhas viajantes do tempo
Ó flor do campo
está na hora
descanse
se espalhar na aurora.
20 setembro 2007
Lágrimas no Paraíso
Seria a mesma coisa se eu o visse no paraíso?
Eu tenho que ser forte e continuar,
Porque eu sei que não pertenço ao céu.
Você seguraria a minha mão, se eu o visse no paraíso?
Você me ajudaria a levantar, se eu o visse no paraíso?
Eu encontrarei o meu caminho de noite e de dia.
Porque eu sei, que não posso ficar aqui no paraíso.
O tempo pode entristecê-lo, o tempo pode dobrar os seus joelhos.
O tempo pode partir o seu coração, você estava implorando por favor,
implorando por favor.
Além da porta há paz, estou certo.
E eu sei que não haverá mais lágrimas no paraíso.
Você saberia o meu nome, se eu o visse no paraíso?
Seria a mesma coisa se eu o visse no paraíso?
Eu tenho que ser forte e continuar,
Porque eu sei que não pertenço ao céu.
(Tears in Heaven é uma canção composta e executada por Eric Clapton. A letra fala da morte trágica de seu filho, Conor. A canção faz parte do álbum Unplugged, vencedor do Grammy de 1993, pela categoria Melhor Álbum do Ano. Conor Clapton (com quatro anos e meio de idade) morreu ao cair da janela do 53º andar de um prédio de Nova York, a morte dele inspirou Clapton a compor Tears in Heaven que, segundo ele, o ajudou a aceitar a perda. Nunca foi planejada sua publicação, mas foi publicada mesmo assim*).
*Fonte: Wikipédia
17 setembro 2007
Alguém que virá
Espero um amor, mas não necessito...
Alguém bom pra mim
Que me apóie e me faça sentir capaz.
Incentive-me a correr atrás
Dê-me a mão para encarar
as dificuldades, e das pedras escapar
Alguém que me escute, que chame a atenção,
Quando for preciso...
Que me repare, me veja sorrir
Me veja triste e nervosa
Conheça meus gestos...
Que fale o que for preciso ouvir.
Alguém que me dê prazer,
faça minha ansiedade aguçar meus desejos.
Me faça ser.
Alguém que mesmo longe, se faça presente.
Que me surpreenda e me deixe adivinhar,
que beije-me ao acordar e depois do jantar...
Alguém com quem quero ficar, sentar e conversar
Conversar por horas... e horas,
rir e chorar.
Espero um amor...
Que tenha defeitos, mas que estes,
não ultrapassem as qualidades.
Se puder que tenha cabelos grandes...
Pois algo inexplicável acontece,
quando um desses me aparece.
Arrepio-me, é estilo, é lindo!
Espero-o...
(Desenho feito pelo João Felipe, amigão! Desenhista e super talentoso. Brigadão João).
13 setembro 2007
De 21 para 22 (anos)
Acordei hoje... ou melhor, fui acordada por mãe e Rafa (irmã) cantando Parabéns pra mim! Oba, hoje é meu aniversário e todos anos eu faço a mesma pergunta: O que aconteceu na minha vida em um ano? Pois é, vamos à retrospectiva! Há um ano atrás eu estava bem triste, pois tinha acabado de terminar um namoro, términos de namoros não deixam de ser ruins pra caramba! E não só por isso, a um pouco mais de um ano tive que lidar com a separação dos meus pais (vinda em boa hora) e mudar de residência, o mais frustrante. Deixar vizinhos e a casa que foi construída com tanto esforço pra trás e seguir a diante. Daí pra frente me concentrei mais em mim, na família, na faculdade e nas amizades. É ótimo ver que passou um ano tão rapidamente e mesmo triste, não sofri tanto, mais uma vez o tempo foi meu aliado, passou, acabou! Em um só ano realizei várias coisas que queria, aproveitei o relacionamento (agora estável) da minha família, fiz novamente a promessa de fazer outra tattoo, conheci pessoas que me mostraram ser ótimas com o convívio diário, fiz novas coisas com novas pessoas, conheci cidades, lugares interessantes e livros! Muitos livros. Engraçado que mesmo eu estando solteira, não me sinto só desta vez. Como nunca, me redescobri e descobri o meu lado ‘poetisa’, que me agrada muito. Estamos então em setembro e a formatura se aproxima, estou perto de concluir a faculdade e a ansiedade é mais aguda, quatro anos estudando os mistérios e segredos da publicidade, mas essa é outra história... Adoro fazer aniversário, lembrar que a cada ano eu posso melhorar e rever erros pra não cometê-los novamente.
11 setembro 2007
E se...
E se sêsse?
Dizia o poeta...
E se o se não fosse?
Ou fosse se
Ó se, se é?
Mas, e se...
É sim se.
Hei de sê-lo
E se, se sêsse?
Ou fosse ou cedesse?
Será?
10 setembro 2007
luneta
a pose
o tempo
a discrição
arrisco até a liberdade
busco o sorriso, a forma, o tato
é o ideal, a tara, fetiches reunidos
num só corpo
é fato, mas é fantasia
é coisa clara!
(Escrito por Arley Bequadro, grande incentivador meu quando comecei a me familiarizar com as palavras, apesar dele não ter passado por aqui ainda, aí vai minha pequena homenagem, uma pessoa especial, um escritor que me desperta vontade de ler tudo que ele escreve, todos os dias).
09 setembro 2007
Sobre mudanças e escolhas
(Uma idéia sobre mudanças, que veio da Luciana Alves, grande amiga da faculdade e da vida, acho que encontrei a resposta sobre mudança que estávamos procurando, este vai pra você Lú, inspiradora deste texto e de outros que virão).
Buscando Palavras
Sentada na sala eu olho a tv,
não vejo nada.
Olho ao meu redor,
ninguém.
Fecho os olhos,
as palavras não vem.
Me abrigo no escuro,
na luz da tv..
Ouço lá fora os latidos.
Abro as cortinas e nada!
Deito em baixo das cobertas...
Volto a olhar.
Volto a pensar...
Onde está meu pensamento?
E meu poder de concentração?
É... um dia sem idéias,
sem frases,
sem poesia.
Procuro-as... Espero-as.
Que venham!
08 setembro 2007
Fim de noite
Bom fim de noite a todos, com companhia ou não!
07 setembro 2007
Instante
As vezes tudo pára em um momento
Uma música que lembramos
E esse momento dura, quase uma eternidade
Não pensamos em nada, mas ele está lá
Para ser lembrado
Para ser vivido e sentido
Em cada momento, sua importância
Em cada lembrança, a necessidade
De ser lembrada
06 setembro 2007
A primeira vista
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei...
Quando chegou carta, abri
Quando ouvi prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei...
Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei..."
(Trecho da música 'A primeira vista' de Chico César, a última vez que a ouvi era uma bela tarde, uma padaria e pão de queijo... uma ótima companhia, naquela tarde tão perfeita).
05 setembro 2007
A-nexo
Na claridade uma saudade.
No oculto, algo inculto.
Não falta a força, se forma
no diabo claro... desejo raro.
A alma torta, se corta
no animal faminto, longo caminho
na água nua, a lua...
Na solidão, exatidão, paixão
Ou não
04 setembro 2007
Desejo
Não é pecado uma mulher desejar, deixar-se dominar,
confessar estes desejos a alguém afim de obter êxito.
O amor ‘convencionado’ socialmente, este conduzido
de tal forma, faz com que acreditemos nele.
Este amor não é amor,
um amor que sente obrigação de telefonar todo dia
de comemorar o dia dos namorados tal como ele
é proclamado...
Isso é uma entrega à costumes, à fidelidade,
Invejo as pessoas que conseguem se entregar
a esse convencional amor,
um não atender aos desejos do corpo e da mente
(tento me libertar destes convencionalismos todo dia).
Não que eu não ame, só quero me entregar
à corpos, cheiros, carinhos e prazeres diferentes
(classificada socialmente eu seria ‘safada’),
A mente da gente está tão habituada
a seguir o ‘certo’ o ‘comum’
que chego até a pensar que estou pensando demais,
agindo mal.
Mas só se trata de sexo, nada mais, meu corpo está pedindo,
latejando, pulsando, esquentando, com sede.
Intenso prazer contido, escondido, ardido...
02 setembro 2007
Indomados
Livre-me de pensamentos incrédulos.
Jogue-os em água corrente.
E que não voltem mais!
Parecem tão insolentes...
Eu, Etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça até o bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordem de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio intinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos de mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas indiossicrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco de roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
asio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, me recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo dos outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
31 agosto 2007
Kyara
A nove anos, nasceu o amor de minha vida! Minha cadelinha Kyara (nome escolhido com base no filme 'O Rei Leão'), veio em uma noite conturbada com mais 9 filhotinhos, dias após ter nascido, morre sua mãe, que conviveu na família por bons anos. Uma coisa pretinha com um diferencial notável a olho nu: 3 patinhas branquinhas e uma toda preta, ajudava a localizar no meio dos outros filhotes. Se destacou por ser sempre última a ir comer, a mais preguiçosa.... Após a morte de sua mãe, tivemos que 'amamentar' os filhotes recém nascidos, todo dia íamos esquentar o leite, eu e minha irmã, colocávamos em mamadeiras. Longas madrugadas, mas como era bom ver todos eles crescendo saudáveis! E hoje a Kyara faz nove anos de vida e de convivência conosco, é ela que me espera acordar, ou não espera e vêm me acordar lambendo meu rosto, me espera chegar da faculdade e chegar a qualquer hora lá no jardim sentadinha, só de me ouvir chegando ela corre e pula, manifesta todos os dias o amor que sente por mim, por minha família, ela se estressa quando não a deixo entrar em casa e praticamente 'conversa', uiva e faz de tudo pra chamar a atenção, nos avisa com seus fortes latidos se algo estranho acontece na rua, é amigável, linda, pastor alemã, com uma estrela branca no peito, deita ao meu lado quando estou triste, tem medo de foguete e corre pra debaixo de minhas pernas, um amor verdadeiro que sinto, prezo, dedico algum tempo do dia para fazer um carinho, brigar quando ela cava a terra do jardim! É especial, um amor pra vida inteira!
Parabéns preta, que você ainda viva um bocadinho pra me dar alegria todos os dias! Amo-te.
29 agosto 2007
Aos Fumantes...
Instante Abominável
Enquanto milhões de famintos
se contorcem corroídos pela tragédia do mundo,
dezenas de cretinos uivam, esbravejando,
em algazarra, na insânia de suas taras,
perturbando o sossego de quem medita.
(CATUNDA, Márcio. Livro Rosas de Fogo)
26 agosto 2007
Como um filme...
Então, hoje eu fui fiscal do ENEM aqui em Matozinhos, me falaram que eu ia ficar na E.E. Visconde do Rio das Velhas, porém me mandaram pra E.E. Bento Gonçalves, essa escola que estudei a vida inteira praticamente, 5ª série ao 3º ano do segundo grau. Quando pus os pés ali, foi como se minha vida e fase que passei naquele lugar, voltassem a serem vividas. Me senti bem, lembrei-me daqueles corredores e das escapadas que eu dava enganando a professora, lembrei-me do meu primeiro namoradinho, ai que bela lembrança, ele que me esperava sempre quando o sinal batia pro 'recreio' (era chamado assim o que hoje conheço por intervalo), e depois da aula me trazia em casa, e alguns beijos que não conseguíamos segurar escapavam! Lembrei também dos dias de chamada, aqueles que tinham todo o início de ano pra saber em que sala ficaria, era tão legal a ansiedade de saber se eu ia ficar na sala das melhores amigas, ou daquele gatinho que paquerava. Lembrei-me de todas as salas que estudei enquanto caminhava por aquele corredor do segundo andar, apesar das paredes estarem de cores diferentes das cores que me lembro, a escola é a mesma e a energia emana dali! Como um filme, olhei para a quadra no andar de baixo, me vi ali jogando volley com todas as meninas da 5ª série, algumas fazem parte da minha vida até hoje, outras vejo às vezes na rua. E um dia de chuva.... nossa, todas as salas de janelas fechadas pois ventava muito, a água da chuva molhou um pouco os corredores gigantes e logo no fim da chuva todos saíram das salas no recreio e percebemos que o pára-peito estava molhado, como estávamos no segundo andar eu, e uma turma de amigos resolvemos passar as mãos na água, jogando-a lá em baixo, molhando quem passava... foi um dia e tanto de molecagem e muita risada! Até a servente vir nos dar aquele sermão, mandar a gente falar com a supervisora....rsrs quantas lembranças daquele lugar! Uma briga! Sim, também tive uma briguinha na escola com uma menina que resolveu implicar comigo e me insultar na rua simplesmente porque o time dela perdeu pro meu time de volley.. ô gente... quanta besteira! Ela disse que íamos brigar, mas acabamos só na discussão e nos insultos verbais mesmo, bem que eu queria ter dado um tapa na cara dela, só que chamar a atenção não é bem minha praia. Até hoje não nos falamos, não a vejo também. E mais flashes do filme foram passando em minha mente, pessoas que não vejo e nem sei como estão, pessoas que vejo e sei como estão... E me via.. e me vi! E aí, acordei... me assustei! O mínimo de linhas exigidas para a redação do ENEM era 7!!!!! Que absurdo, quando fui esclarecer uma dúvida de uma menina na sala vi o mínimo de linhas exigido, 7, só 7! Como poderia me expressar em 7 linhas... Depois eles vão falar que o ensino público está precário, lógico, não forçam as pessoas a trabalharem um pouco mais os cérebros. Como uma redação pode ser avaliada se tiver somente 7 linhas? Meus conhecimentos e minhas palavras não se limitam em tão poucas linhas! Pior que alguns se limitam! Era mínimo, claro que quanto mais a pessoa escrever, mais pontos ganha, só fiquei indignada porque achei o mínimo, muito mínimo! Bom... Eu preferia continuar lembrando do meu passado no Bento Gonçalves... Então acabou com as malditas 7 linhas! Todos já saíram da sala e eu e a outra fiscal de sala fomos entregar os envelopes na secretaria da escola... Belo dia de lembranças e um pouco de indignação. Um dia de nostalgia, como um filme de lembranças e cenas que guardamos na mente, às vezes elas vem assim sem esperar-mos, só mesmo para lembrar-mos quem fomos, quem somos e quem queremos ser!
Que todos os dias sejam bons pra vocês, com ou sem lembranças.
O Passageiro
25 agosto 2007
Apenas mais uma noite medíocre...
Uma poesia, apenas uma poesia!
Para o fim de noite!
Regado a drogas e desventuras!
Uma singela poesia!
Pobre Bocage
Ultrajado com tão pouca homenagem!
Pobre Bocage!
Piscina vazia!
Sexo virtual!
Pútridos aristocratas
Bailando o veneno boreal
Martelos e Alicates
Colorem o firmamento incrédulo!
Patrícios confusos na ágora
Saltam pilares em busca de posse!
Crianças pragmáticas refletindo seus pais!
Whisky enlatado na frente do espelho!
(Este é de um grande amigo, que lê minhas palavras sempre e apóia a mim e o blog, uma pessoa especial e interessante. Uma curta, porém não insignificante, homenagem a você Gabriel Muzzi, escritor, músico, leitor... Um abraço e um Obrigada de coração).
24 agosto 2007
Refúgio
Ele escolheu subterrâneos e escuros,
naquela manhã de pura luz.
Refugiou-se no abandonado do quintal.
Não escovou os cabelos, nem dentes.
Não levou o inseparável rádio de pilhas.
O tempo passou, veio a tarde e ninguém...
Ninguém se importou com sua ausência.
Ele não tinha ousadia suicida, então,
ali mesmo adormeceu...
Encolhido em amarguras.
Só a luz da lua na noite iluminada,
E ele no quintal.
23 agosto 2007
Sobre o fim do mundo
Das notícias:
Mortes a sangue-frio, esfaqueamentos.
Filhos que matam os pais.
Pais abandonam filhos.
Suicidas e drogados.
Traficantes, políticos, corrupção.
Humilhação e falta de humanidade...
Falta respeito!
Falta parar de olhar o próprio umbigo!
Falta amor.
Solidariedade... Poxa!
Falta paz!
Precisa-se, precisamos!
E eu cheguei a vê-la...
Antes podia andar nas ruas, tranqüila.
Sem ser seguida ou abordada.
Ando apreensiva e com medo.
Assaltos, maldades.
Perseguição, hostilidade.
Ultra-violência, horrorshow.
Governos e governados, caótico.
Caos!
Já mencionaram o fim dos tempos...
Ele já está aqui.
Nos auto-destruímos.
Não vê nas notícias?
Pois bem, segure-se, está próximo,
o fim dos tempos.
O fim das más notícias,
O começo...
Aprendizes!
22 agosto 2007
Noite Fria
Quero beijos intermináveis
Carinhos provocantes e insistentes
Mordidas, chupadas, lambidas...
Quero explorar seu prazer
Cama, cozinha e sala
Conhecer você, rindo, chorando...
Quero seus olhares fitando-me com tesão
Sentir a fúria dos seus dedos em meus cabelos
As mordidinhas no ombro, nas costas
A respiração quente, rítmica...
E meu pescoço sente você chegando
Perseguindo-o com mãos, língua e boca
Meus seios esquentam com beijos seus
Atropela-me
Calor e fervor chegam ao umbigo, cintura.... Hum!
E os lábios se encontram com os outros lábios
Contínuo movimento
Me entrego a você
Arranho-te as costas, cheiro seus cabelos, beijo as orelhas
Minha boca encontra a sua
Meu corpo esquenta, pede e ri
Te sinto quente, na noite fria
Suas mãos me apertam, me carregam
Me conduzem, me conduzem...
21 agosto 2007
Nascemos
Descobrimento
pode ser momento de descoberta.
Descobrir o futuro, redescobrir o passado
e o segredo de cada instante.
Descobrir a terra e a flora interiores
e o que há de céu no cérebro.
Descobrir a vastidão do amor
que é sempre novo descobrimento.
Vivemos na expectativa da plenitude
e isso é descobrir o encanto oculto na consciência.
O que há de Deus nos pássaros e na claridade.
O poder do Sol e do Tempo.
Saber que a descoberta era o contrário do que se pensava
e reconhecer a espera do descobrimento.
Também isso é descobrir.
Descobrir na indivisibilidade da natureza,
a totalidade das coisas
e situar-me ante o universo.
Descobrir os objetos diários
e a prática transcendental de torná-los úteis à evolução.
(CATUNDA , Márcio. do livro Rosas de Fogo.
Estou lendo e amando este livro.)
Quando alguém deixa de existir
E na sala, seu cheiro nas cortinas
A televisão ligada e seu programa preferido no ar
O copo com o restinho de leite fervido em cima da pia
Na geladeira o suco que seria servido no jantar
Chaves na mesa, contas a serem pagas
E a agenda de telefones aberta
No seu quarto, o relógio despertador, a cama desfeita, as fotos
Os melhores músicos reunidos na gaveta do criado mudo
Tudo do jeitinho que sempre deixou
Mas algo mudou esta noite e para sempre
Não ouço a música, nem o ranger dos dentes no garfo
Não ouço o som da colher mexendo o leite
Não ouço o barulho das chaves
Nem o som da tv ligada...
E percebo então que chegou o fim
E minha vida, esta, hei de viver sem você
E sentar ao lado da cama, sem ter quem observar dormindo
E tomar o café só, o almoço só e o jantar... só!
Teu corpo me deixou
Mas a alma, esta não se esvai
Só não é mais matéria.
19 agosto 2007
Uma noite de Quarta
Pulsos e coração latejantes
Sinto-me ofegante
Minutos atrás
Seguiram-me na rua
Noite escura
Abraçada à minha pasta
Eu descia
E meu salto, mal ouvia
Mas ouvia-se na rua
Até que corri
Liguei para casa
Atravessei
E as três sombras
Sumiram
As que me seguiam
Abriram o portão
Rostos familiares
Contente, entrei
Contei
Sentei e fiquei
Me aqueci, por fim
Escrevi...
18 agosto 2007
Intenso
Eu não deixarei que morra nada em mim!
Alimentarei meus desejos e fantasias
Me deixarei levar por pensamentos impuros
Ah, impuros nada! Desde quando sexo é impuro?
Não ser mais nada! Nada mais importa
Só a sensação de ter alguém dentro de mim
Sentir a pulsação fumegante e trêmula
De deixar acontecer, e soltar sussurros e gemidos
Em meio ao som de minha banda favorita
Como poderei me livrar disto?
Nada morrerá em mim, viverei tudo!
17 agosto 2007
Sobre a dona das palavras soltas
em um só lugar, por muito tempo.
Habito-me na contrariedade, nas incertezas, no ser mulher,
gozo de fetiches, fantasias e prazeres, estes que se
habitam em meu corpo quente e doce como
o Martini habitante de uma taça com uma cereja dentro
(por incrível coincidência, minha bebida favorita).
Não fumo, por pura indisposição de sentir
aquele odor, impregnando minhas roupas.
Gosto de vícios, manias,
deixa leve ás vezes triste ou até mesmo impura.
Não a nada melhor do que ser mulher, acho uma virtude
o poder de sedução e a arma da dominação que temos
em mãos.
com essas ‘obras de arte’.
Oh! Quanta humildade... A pura e pulsante verdade.
Gosto de arte, filmes antigos e pessoas que
marcaram uma época, por falar nisso,
estamos precisando de tais pessoas ultimamente.
Procuro abstrai-me de todo conhecimento que tenho à
minha volta, admiro o inédito e o diferente.
Louca? Sim sou, se louca é definido
por não ser normal, então prefiro morar na loucura,
fã de devaneios e ansiedades indomadas.
Quanto à felicidade, trato-a como um dever de cada dia,
cada momento vivo. Vivo o presente pensando no futuro.
Pele marcada por cicatrizes,
tatuagem, corre música em minhas veias,
Rock and roll (o som dos revolucionários e
amantes da arte contemporânea),
Heavy metal (uma pitada de música clássica,
caracterizada por vocal
lírico e o som pesado), esses sons que me fazem sentir viva,
dançante, alegram meu ser, minha copa e sala.
Atualmente, além de minha preocupação com o futuro,
tenho me preocupado bastante em ler livros
de várias espécies, poesias e textos sobre sentimentos
e comportamento de nós Humanos,
não para que eu me entenda,
não consigo definir. Só para ler.
Morena cor de jambo, cabelos cacheados pretos,
mediana, olhos castanhos escuros que mais parecem
jabuticabas pretinhas no meio da branquidão
do olho. Não muito delicada,
nem um pouco arrogante. Aprendendo mais a cada dia,
principalmente quando aprecio minha própria companhia
num sábado à noite ao som de Floyd ou Beatles.
Meu tesão por computador e msn vêm diminuindo
bastante, não vejo mais tanta necessidade
de ficar presa às pessoas pela ‘droga’
atual e mais viciante de todos os tempos, a Internet,
não que ela não me proporcione ótimos momentos,
pois tudo que procuro e
tenho dúvidas está aí na rede, só desapeguei.
Quero a liberdade, a propaganda honesta,
a manipulação desonesta, as atrocidades,
as audácias, os amigos, carinho de todas as partes,
a solidão,
a família que tenho, a saudade de parentes
um pouco longes daqui,
a minha incrível ouvinte e amiga (minha cachorra Kyara).
Quero sexo, amor, dormir sozinha e sentir o frio da noite,
carinhos evasivos, música para os meus ouvidos, sentir.
Quero escrever, ser, ter, dizer, fazer e acontecer, viver.