31 agosto 2007

Kyara



A nove anos, nasceu o amor de minha vida! Minha cadelinha Kyara (nome escolhido com base no filme 'O Rei Leão'), veio em uma noite conturbada com mais 9 filhotinhos, dias após ter nascido, morre sua mãe, que conviveu na família por bons anos. Uma coisa pretinha com um diferencial notável a olho nu: 3 patinhas branquinhas e uma toda preta, ajudava a localizar no meio dos outros filhotes. Se destacou por ser sempre última a ir comer, a mais preguiçosa.... Após a morte de sua mãe, tivemos que 'amamentar' os filhotes recém nascidos, todo dia íamos esquentar o leite, eu e minha irmã, colocávamos em mamadeiras. Longas madrugadas, mas como era bom ver todos eles crescendo saudáveis! E hoje a Kyara faz nove anos de vida e de convivência conosco, é ela que me espera acordar, ou não espera e vêm me acordar lambendo meu rosto, me espera chegar da faculdade e chegar a qualquer hora lá no jardim sentadinha, só de me ouvir chegando ela corre e pula, manifesta todos os dias o amor que sente por mim, por minha família, ela se estressa quando não a deixo entrar em casa e praticamente 'conversa', uiva e faz de tudo pra chamar a atenção, nos avisa com seus fortes latidos se algo estranho acontece na rua, é amigável, linda, pastor alemã, com uma estrela branca no peito, deita ao meu lado quando estou triste, tem medo de foguete e corre pra debaixo de minhas pernas, um amor verdadeiro que sinto, prezo, dedico algum tempo do dia para fazer um carinho, brigar quando ela cava a terra do jardim! É especial, um amor pra vida inteira!

Parabéns preta, que você ainda viva um bocadinho pra me dar alegria todos os dias! Amo-te.

29 agosto 2007

Aos Fumantes...


Hoje é dia do combate ao fumo
E você, fuma?
Já se perguntou porquê?
É gostoso?

Se for gostoso e der prazer a você,

(não me diga que é verdade)

fume então!

Um vício que coloca em risco

Queima... Cheira mal!
Então, tens a escolha!
Escolhe!

Instante Abominável


Enquanto milhões de famintos

se contorcem corroídos pela tragédia do mundo,
dezenas de cretinos uivam, esbravejando,
em algazarra, na insânia de suas taras,
perturbando o sossego de quem medita.

(CATUNDA, Márcio. Livro Rosas de Fogo)

26 agosto 2007

Como um filme...


Então, hoje eu fui fiscal do ENEM aqui em Matozinhos, me falaram que eu ia ficar na E.E. Visconde do Rio das Velhas, porém me mandaram pra E.E. Bento Gonçalves, essa escola que estudei a vida inteira praticamente, 5ª série ao 3º ano do segundo grau. Quando pus os pés ali, foi como se minha vida e fase que passei naquele lugar, voltassem a serem vividas. Me senti bem, lembrei-me daqueles corredores e das escapadas que eu dava enganando a professora, lembrei-me do meu primeiro namoradinho, ai que bela lembrança, ele que me esperava sempre quando o sinal batia pro 'recreio' (era chamado assim o que hoje conheço por intervalo), e depois da aula me trazia em casa, e alguns beijos que não conseguíamos segurar escapavam! Lembrei também dos dias de chamada, aqueles que tinham todo o início de ano pra saber em que sala ficaria, era tão legal a ansiedade de saber se eu ia ficar na sala das melhores amigas, ou daquele gatinho que paquerava. Lembrei-me de todas as salas que estudei enquanto caminhava por aquele corredor do segundo andar, apesar das paredes estarem de cores diferentes das cores que me lembro, a escola é a mesma e a energia emana dali! Como um filme, olhei para a quadra no andar de baixo, me vi ali jogando volley com todas as meninas da 5ª série, algumas fazem parte da minha vida até hoje, outras vejo às vezes na rua. E um dia de chuva.... nossa, todas as salas de janelas fechadas pois ventava muito, a água da chuva molhou um pouco os corredores gigantes e logo no fim da chuva todos saíram das salas no recreio e percebemos que o pára-peito estava molhado, como estávamos no segundo andar eu, e uma turma de amigos resolvemos passar as mãos na água, jogando-a lá em baixo, molhando quem passava... foi um dia e tanto de molecagem e muita risada! Até a servente vir nos dar aquele sermão, mandar a gente falar com a supervisora....rsrs quantas lembranças daquele lugar! Uma briga! Sim, também tive uma briguinha na escola com uma menina que resolveu implicar comigo e me insultar na rua simplesmente porque o time dela perdeu pro meu time de volley.. ô gente... quanta besteira! Ela disse que íamos brigar, mas acabamos só na discussão e nos insultos verbais mesmo, bem que eu queria ter dado um tapa na cara dela, só que chamar a atenção não é bem minha praia. Até hoje não nos falamos, não a vejo também. E mais flashes do filme foram passando em minha mente, pessoas que não vejo e nem sei como estão, pessoas que vejo e sei como estão... E me via.. e me vi! E aí, acordei... me assustei! O mínimo de linhas exigidas para a redação do ENEM era 7!!!!! Que absurdo, quando fui esclarecer uma dúvida de uma menina na sala vi o mínimo de linhas exigido, 7, só 7! Como poderia me expressar em 7 linhas... Depois eles vão falar que o ensino público está precário, lógico, não forçam as pessoas a trabalharem um pouco mais os cérebros. Como uma redação pode ser avaliada se tiver somente 7 linhas? Meus conhecimentos e minhas palavras não se limitam em tão poucas linhas! Pior que alguns se limitam! Era mínimo, claro que quanto mais a pessoa escrever, mais pontos ganha, só fiquei indignada porque achei o mínimo, muito mínimo! Bom... Eu preferia continuar lembrando do meu passado no Bento Gonçalves... Então acabou com as malditas 7 linhas! Todos já saíram da sala e eu e a outra fiscal de sala fomos entregar os envelopes na secretaria da escola... Belo dia de lembranças e um pouco de indignação. Um dia de nostalgia, como um filme de lembranças e cenas que guardamos na mente, às vezes elas vem assim sem esperar-mos, só mesmo para lembrar-mos quem fomos, quem somos e quem queremos ser!


Que todos os dias sejam bons pra vocês, com ou sem lembranças.

O Passageiro

Chora
Ri
Fica...
Vai embora
Entra, sai
Vive
Luta
Apaixona-se ou não
Casa-se ou não
Procria ou não

Envelhece
Ganha... Perde
Constrói tudo
Morre...
Deixa tudo

Na vida

Nós?

Ah... só de passagem.
Carona?

25 agosto 2007

Apenas mais uma noite medíocre...

Uma poesia, apenas uma poesia!
Para o fim de noite!
Regado a drogas e desventuras!
Uma singela poesia!

Vivas à Calígula e Bocage
Pobre Bocage
Ultrajado com tão pouca homenagem!
Pobre Bocage!

Beijos e abraços de olhos abertos!
Piscina vazia!
Sexo virtual!

Desdentados púrpuros!
Pútridos aristocratas
Bailando o veneno boreal

Cigarros dourados
Martelos e Alicates
Colorem o firmamento incrédulo!

Soldados romanos e eupátridas!
Patrícios confusos na ágora
Saltam pilares em busca de posse!

Eis a política da polis moderna!
Crianças pragmáticas refletindo seus pais!
Whisky enlatado na frente do espelho!


(Este é de um grande amigo, que lê minhas palavras sempre e apóia a mim e o blog, uma pessoa especial e interessante. Uma curta, porém não insignificante, homenagem a você Gabriel Muzzi, escritor, músico, leitor... Um abraço e um Obrigada de coração).

24 agosto 2007

Refúgio


Ele escolheu subterrâneos e escuros,
naquela manhã de pura luz.
Refugiou-se no abandonado do quintal.
Não escovou os cabelos, nem dentes.
Não levou o inseparável rádio de pilhas.
O tempo passou, veio a tarde e ninguém...
Ninguém se importou com sua ausência.
Ele não tinha ousadia suicida, então,
ali mesmo adormeceu...
Encolhido em amarguras.
Só a luz da lua na noite iluminada,
E ele no quintal.

23 agosto 2007

Sobre o fim do mundo

Das notícias:
Mortes a sangue-frio, esfaqueamentos.
Filhos que matam os pais.
Pais abandonam filhos.
Suicidas e drogados.
Traficantes, políticos, corrupção.
Humilhação e falta de humanidade...

Das precisões:
Falta respeito!
Falta parar de olhar o próprio umbigo!
Falta amor.
Solidariedade... Poxa!
Falta paz!
Precisa-se, precisamos!

Dos anos anteriores:
E eu cheguei a vê-la...
Antes podia andar nas ruas, tranqüila.
Sem ser seguida ou abordada.

Do presente:
Ando apreensiva e com medo.
Assaltos, maldades.
Perseguição, hostilidade.
Ultra-violência, horrorshow.
Governos e governados, caótico.
Caos!

Das profecias:
Já mencionaram o fim dos tempos...
Ele já está aqui.
Nos auto-destruímos.
Não vê nas notícias?
Pois bem, segure-se, está próximo,
o fim dos tempos.
O fim das más notícias,
O começo...
Aprendizes!

22 agosto 2007

Noite Fria

Quero beijos intermináveis
Carinhos provocantes e insistentes
Mordidas, chupadas, lambidas...
Quero explorar seu prazer
Cama, cozinha e sala
Conhecer você, rindo, chorando...
Quero seus olhares fitando-me com tesão
Sentir a fúria dos seus dedos em meus cabelos
As mordidinhas no ombro, nas costas
A respiração quente, rítmica...
E meu pescoço sente você chegando
Perseguindo-o com mãos, língua e boca
Meus seios esquentam com beijos seus
Atropela-me
Calor e fervor chegam ao umbigo, cintura.... Hum!
E os lábios se encontram com os outros lábios
Contínuo movimento
Me entrego a você
Arranho-te as costas, cheiro seus cabelos, beijo as orelhas
Minha boca encontra a sua
Meu corpo esquenta, pede e ri
Te sinto quente, na noite fria
Suas mãos me apertam, me carregam
Me conduzem, me conduzem...

21 agosto 2007

Nascemos













Nascemos, só nós!

Nascem os sonos.
Nascemos, sonos...
Nas, cem! Os sonos...
Nas... cê? Mossonos.
Nascemos sô! Nós.
Nas cem os! Só nós.
Nascem, osso, nós...
Nasc... emos, sonos.
Nascemos só! Nós.
Nascem osso nos...
Nascem os... só nos...

Descobrimento

Descobrir que cada minuto
pode ser momento de descoberta.
Descobrir o futuro, redescobrir o passado
e o segredo de cada instante.
Descobrir a terra e a flora interiores
e o que há de céu no cérebro.
Descobrir a vastidão do amor
que é sempre novo descobrimento.
Vivemos na expectativa da plenitude
e isso é descobrir o encanto oculto na consciência.
O que há de Deus nos pássaros e na claridade.
O poder do Sol e do Tempo.
Saber que a descoberta era o contrário do que se pensava
e reconhecer a espera do descobrimento.
Também isso é descobrir.
Descobrir na indivisibilidade da natureza,
a totalidade das coisas
e situar-me ante o universo.
Descobrir os objetos diários
e a prática transcendental de torná-los úteis à evolução.

(CATUNDA , Márcio. do livro Rosas de Fogo.
Estou lendo e amando este livro.)

Quando alguém deixa de existir

E na sala, seu cheiro nas cortinas
A televisão ligada e seu programa preferido no ar
O copo com o restinho de leite fervido em cima da pia
Na geladeira o suco que seria servido no jantar
Chaves na mesa, contas a serem pagas
E a agenda de telefones aberta
No seu quarto, o relógio despertador, a cama desfeita, as fotos
Os melhores músicos reunidos na gaveta do criado mudo
Tudo do jeitinho que sempre deixou
Mas algo mudou esta noite e para sempre
Não ouço a música, nem o ranger dos dentes no garfo
Não ouço o som da colher mexendo o leite
Não ouço o barulho das chaves
Nem o som da tv ligada...
E percebo então que chegou o fim
E minha vida, esta, hei de viver sem você
E sentar ao lado da cama, sem ter quem observar dormindo
E tomar o café só, o almoço só e o jantar... só!
Teu corpo me deixou
Mas a alma, esta não se esvai
Só não é mais matéria.

19 agosto 2007

Uma noite de Quarta

Pulsos e coração latejantes
Sinto-me ofegante
Minutos atrás
Seguiram-me na rua
Noite escura
Abraçada à minha pasta
Eu descia
E meu salto, mal ouvia
Mas ouvia-se na rua
Até que corri
Liguei para casa
Atravessei
E as três sombras
Sumiram
As que me seguiam
Abriram o portão
Rostos familiares
Contente, entrei
Contei
Sentei e fiquei
Me aqueci, por fim

Escrevi...

18 agosto 2007

Intenso

Eu não deixarei que morra nada em mim!
Alimentarei meus desejos e fantasias
Me deixarei levar por pensamentos impuros
Ah, impuros nada! Desde quando sexo é impuro?

Se não é a oitava maravilha do mundo eu diria então
Não ser mais nada! Nada mais importa
Só a sensação de ter alguém dentro de mim
Sentir a pulsação fumegante e trêmula

Ardente desejo, incontrolável vontade
De deixar acontecer, e soltar sussurros e gemidos
Em meio ao som de minha banda favorita

O som que vem do lado de minha cama
Como poderei me livrar disto?
Nada morrerá em mim, viverei tudo!

17 agosto 2007

Sobre a dona das palavras soltas

Gosto de ser inconstante e não permanecer satisfeita
em um só lugar, por muito tempo.

Habito-me na contrariedade, nas incertezas, no ser mulher,
gozo de fetiches,
fantasias e prazeres, estes que se
habitam em meu corpo quente e doce como

o Martini habitante de uma taça com uma cereja dentro
(por incrível coincidência,
minha bebida favorita).
Não fumo, por pura indisposição de sentir
aquele odor,
impregnando minhas roupas.
Gosto de vícios, manias,
álcool que me
deixa leve ás vezes triste ou até mesmo impura.

Não a nada melhor do que ser mulher, acho uma virtude

o poder de sedução e a arma da dominação que temos
em mãos.
Eles que são felizes de poderem satisfazer-se
com essas ‘obras de arte’.

Oh! Quanta humildade... A pura e pulsante verdade.
Gosto de arte,
filmes antigos e pessoas que
marcaram uma época, por falar nisso,

estamos precisando de tais pessoas ultimamente.

Procuro abstrai-me de todo conhecimento que tenho à
minha volta,
admiro o inédito e o diferente.
Louca? Sim sou, se louca é definido

por não ser normal, então prefiro morar na loucura,

fã de devaneios e ansiedades indomadas.

Quanto à felicidade,
trato-a como um dever de cada dia,
cada momento vivo.
Vivo o presente pensando no futuro.
Pele marcada por cicatrizes,

tatuagem, corre música em minhas veias,

Rock and roll (o som dos revolucionários e
amantes da arte contemporânea),

Heavy metal (uma pitada de música clássica,
caracterizada por vocal

lírico e o som pesado), esses sons que me fazem sentir viva,

dançante, alegram meu ser, minha copa e sala.

Atualmente, além de minha preocupação com o futuro,
tenho
me preocupado bastante em ler livros
de várias espécies, poesias
e textos sobre sentimentos
e comportamento de nós Humanos,

não para que eu me entenda,
só para entender quem eu
não consigo definir. Só para ler.

Morena cor de jambo, cabelos cacheados pretos,
mediana, olhos
castanhos escuros que mais parecem
jabuticabas pretinhas
no meio da branquidão
do olho. Não muito delicada,

nem um pouco arrogante. Aprendendo mais a cada dia,

principalmente quando aprecio minha própria companhia

num sábado à noite ao som de Floyd ou Beatles.

Meu tesão por computador e msn vêm diminuindo
bastante,
não vejo mais tanta necessidade
de ficar presa às pessoas pela ‘droga’

atual e mais viciante de todos os tempos, a Internet,
não que ela
não me proporcione ótimos momentos,
pois tudo que procuro e

tenho dúvidas está aí na rede, só desapeguei.

Quero a liberdade,
a propaganda honesta,
a manipulação desonesta, as atrocidades,

as audácias, os amigos, carinho de todas as partes,
a solidão,

a família que tenho, a saudade de parentes
um pouco longes daqui,

a minha incrível ouvinte e amiga (minha cachorra Kyara).

Quero sexo, amor, dormir sozinha e sentir o frio da noite,

carinhos evasivos, música para os meus ouvidos, sentir.

Quero escrever, ser, ter, dizer, fazer e acontecer, viver.