28 setembro 2007

Simple Man (Lynyrd Skynyrd)

Mama told me when I was young
Come sit beside me, my only son
And listen closely to what I say.
And if you do this
It will help you some sunny day.
Take your time... Don't live too fast,
Troubles will come and they will pass.
Go find a woman and you'll find love,
And don't forget son,
There is someone up above.

(Chorus)
And be a simple kind of man.
Be something you love and understand.
Be a simple kind of man.
Won't you do this for me son,
If you can?

Forget your lust for the rich man's gold
All that you need is in your soul,
And you can do this if you try.
All that I want for you my son,
Is to be satisfied.

(Chorus)

Boy, don't you worry... you'll find yourself.
Follow you heart and nothing else.
And you can do this if you try.
All I want for you my son,
Is to be satisfied.

(Chorus)


(Tradução: http://lynyrd-skynyrd.letras.terra.com.br/letras/181503/)

27 setembro 2007

Sujeito Indireto

Quem dera eu achasse um jeito
de fazer tudo perfeito,
feito a coisa fosse o projeto
e tudo já nascesse satisfeito.
Quem dera eu visse o outro lado,
o lado de lá, lado meio,
onde o triângulo é quadrado
e o torto parece direito.
Quem dera um ângulo reto.
Já começo a ficar cheio
de não saber quando eu falto,
de ser, mim, indireto sujeito.


(LEMINSKI, Paulo. Distraídos Venceremos)


23 setembro 2007

Flor do Campo


Deveras és tu, flor do campo
Testemunha do ‘humor tempo’
Vistes chuvas, tempestades e relento
Viste o sol...
Beijos no assento
Desentendimentos
Ó flor do campo
Conte-me do arco-íris mais duradouro
E a estrela cadente, que ouro!
Quantos beija-flores beijaste?
E em tardes calaste...
Ao som do vento, dançaste...
Ouvistes os uivos dos lobos...
A lua iluminando a noite,
ofuscando o vaga-lume desatento
Joaninhas viajantes do tempo
Ó flor do campo
está na hora
descanse e deixe seu perfume
se espalhar na aurora.

20 setembro 2007

Lágrimas no Paraíso


Você saberia o meu nome, se eu o visse no paraíso?
Seria a mesma coisa se eu o visse no paraíso?

Eu tenho que ser forte e continuar,

Porque eu sei que não pertenço ao céu.


Você seguraria a minha mão, se eu o visse no paraíso?
Você me ajudaria a levantar, se eu o visse no paraíso?

Eu encontrarei o meu caminho de noite e de dia.

Porque eu sei, que não posso ficar aqui no paraíso.


O tempo pode entristecê-lo, o tempo pode dobrar os seus joelhos.

O tempo pode partir o seu coração, você estava implorando por favor,
implorando por favor.

Além da porta há paz, estou certo.

E eu sei que não haverá mais lágrimas no paraíso.


Você saberia o meu nome, se eu o visse no paraíso?

Seria a mesma coisa se eu o visse no paraíso?

Eu tenho que ser forte e continuar,

Porque eu sei que não pertenço ao céu.



(Tears in Heaven é uma
canção composta e executada por Eric Clapton. A letra fala da morte trágica de seu filho, Conor. A canção faz parte do álbum Unplugged, vencedor do Grammy de 1993, pela categoria Melhor Álbum do Ano. Conor Clapton (com quatro anos e meio de idade) morreu ao cair da janela do 53º andar de um prédio de Nova York, a morte dele inspirou Clapton a compor Tears in Heaven que, segundo ele, o ajudou a aceitar a perda. Nunca foi planejada sua publicação, mas foi publicada mesmo assim*).

*Fonte: Wikipédia

17 setembro 2007

Alguém que virá


Espero um amor, mas não necessito...
Alguém bom pra mim
Que me apóie e me faça sentir capaz.
Incentive-me a correr atrás
Dê-me a mão para encarar
as dificuldades, e das pedras escapar
Alguém que me escute, que chame a atenção,
Quando for preciso...
Que me repare, me veja sorrir
Me veja triste e nervosa
Conheça meus gestos...
Que fale o que for preciso ouvir.
Alguém que me dê prazer,
faça minha ansiedade aguçar meus desejos.
Me faça ser.
Alguém que mesmo longe, se faça presente.
Que me surpreenda e me deixe adivinhar,
que beije-me ao acordar e depois do jantar...
Alguém com quem quero ficar, sentar e conversar
Conversar por horas... e horas,
rir e chorar.
Espero um amor...
Que tenha defeitos, mas que estes,
não ultrapassem as qualidades.
Se puder que tenha cabelos grandes...
Pois algo inexplicável acontece,
quando um desses me aparece.
Arrepio-me, é estilo, é lindo!
Espero-o...


(Desenho feito pelo João Felipe, amigão! Desenhista e super talentoso. Brigadão João).

13 setembro 2007

De 21 para 22 (anos)


Acordei hoje... ou melhor, fui acordada por mãe e Rafa (irmã) cantando Parabéns pra mim! Oba, hoje é meu aniversário e todos anos eu faço a mesma pergunta: O que aconteceu na minha vida em um ano? Pois é, vamos à retrospectiva! Há um ano atrás eu estava bem triste, pois tinha acabado de terminar um namoro, términos de namoros não deixam de ser ruins pra caramba! E não só por isso, a um pouco mais de um ano tive que lidar com a separação dos meus pais (vinda em boa hora) e mudar de residência, o mais frustrante. Deixar vizinhos e a casa que foi construída com tanto esforço pra trás e seguir a diante. Daí pra frente me concentrei mais em mim, na família, na faculdade e nas amizades. É ótimo ver que passou um ano tão rapidamente e mesmo triste, não sofri tanto, mais uma vez o tempo foi meu aliado, passou, acabou! Em um só ano realizei várias coisas que queria, aproveitei o relacionamento (agora estável) da minha família, fiz novamente a promessa de fazer outra tattoo, conheci pessoas que me mostraram ser ótimas com o convívio diário, fiz novas coisas com novas pessoas, conheci cidades, lugares interessantes e livros! Muitos livros. Engraçado que mesmo eu estando solteira, não me sinto só desta vez. Como nunca, me redescobri e descobri o meu lado ‘poetisa’, que me agrada muito. Estamos então em setembro e a formatura se aproxima, estou perto de concluir a faculdade e a ansiedade é mais aguda, quatro anos estudando os mistérios e segredos da publicidade, mas essa é outra história... Adoro fazer aniversário, lembrar que a cada ano eu posso melhorar e rever erros pra não cometê-los novamente.

Quero aproveitar a descontração desse texto para agradecer a todos os visitantes das minhas Palavras Soltas. A todos os leitores, muitíssimo obrigada!

Bom, agora vou tomar um banho, trabalhar e ver quais surpresas o 13 de setembro deste ano reserva pra mim!

Abraços a todos.

11 setembro 2007

E se...

E se sêsse?
Dizia o poeta...
E se o se não fosse?
Ou fosse se
Ó se, se é?
Mas, e se...
É sim se.
Hei de sê-lo
E se, se sêsse?
Ou fosse ou cedesse?
Será?

10 setembro 2007

luneta

perco a filosofia
a pose
o tempo
a discrição
arrisco até a liberdade
busco o sorriso, a forma, o tato
é o ideal, a tara, fetiches reunidos
num só corpo
é fato, mas é fantasia
é coisa clara!

(Escrito por Arley Bequadro, grande incentivador meu quando comecei a me familiarizar com as palavras, apesar dele não ter passado por aqui ainda, aí vai minha pequena homenagem, uma pessoa especial, um escritor que me desperta vontade de ler tudo que ele escreve, todos os dias).

09 setembro 2007

Sobre mudanças e escolhas

Você já se perguntou, quanto tempo demora pra mudar sua vida? Algumas pessoas perdem alguém que amam por menos de um segundo, outras ganham prêmios de melhor dançarino ou escritor em um dia de chuva... Uns riem outros choram, enquantos uns brigam e outros se amam. Pergunte quem perdeu uma corrida, em quanto tempo mudou sua vida... Pergunte quem se salvou por fio de um acidente terrível. Pergunte a você mesmo, por que diabos não fez o que queria fazer a uns anos atrás ou, se certas escolhas que você faz interferem de alguma forma na vida de outras pessoas. Penso que não há um tempo certo e acredito que não aparecemos na vida das pessoas por acaso, confio na mudança que proporcionamos a nós mesmos todos os dias! Sim, mudamos todos os dias, todos os dias conhecemos pessoas que nos ensinam algo, bom ou ruim, mas ensinam... assim apredemos a selecionar amizades, amores, aprendemos a ouvir e sentir as outras pessoas. Aprendemos a nos preocupar com coisas que não nos preocupavam antes. É... não sou mais aquela menina de 12 anos imatura, mas também, daqui a uns anos, não serei essa moça de 21 anos.. serei mais velha, mais madura, mais mudada. Agora só nos resta pensar o que queremos e de acordo com nossa mente, se estamos vivendo concordando com nossos princípios. Então já se perguntou porque está ai lendo esse texto? Já se perguntou quantas vezes você influenciou na decisão de alguém ou os sentimentos de alguém... São tantas perguntas sem respostas, essas não são necessárias, somos seres pensantes, porém alguns pensamentos não precisam ter importância e vivemos influenciando vidas porque um homem, um ser humano, é capaz de mudar várias vidas com uma simples escolha! Então se pergunte: Quanto tempo demora pra mudar sua vida?

(Uma idéia sobre mudanças, que veio da Luciana Alves, grande amiga da faculdade e da vida, acho que encontrei a resposta sobre mudança que estávamos procurando, este vai pra você Lú, inspiradora deste texto e de outros que virão).

Saudade

Não há nada melhor do que a saudade

Quando esta pode ser morta...

Buscando Palavras

Sentada na sala eu olho a tv,
não vejo nada.
Olho ao meu redor,
ninguém.
Fecho os olhos,
as palavras não vem.
Me abrigo no escuro,
na luz da tv..
Ouço lá fora os latidos.
Abro as cortinas e nada!
Deito em baixo das cobertas...
Volto a olhar.
Volto a pensar...
Onde está meu pensamento?
E meu poder de concentração?
É... um dia sem idéias,
sem frases,
sem poesia.
Procuro-as... Espero-as.
Que venham!

08 setembro 2007

Fim de noite

Chegando de uma festa, posso dizer que estou meio embriagada, porém isso não me faz sentir menos capaz de escrever... É as vezes triste chegar em casa e não ter ninguém pra dormir comigo, e é triste as vezes não chegar em casa... não ouvir o 'boa noite' de minha mãe, por vezes aflita esperado ouvir aquele barulho da porta, e o apagar das luzes na varanda. Fim de uma noite de sábado, eu aqui deito e escrevo o que ainda não disse, mas sinto hoje... Agora vou dormir e ouvir algo pra esquecer da solidão, a música me entede e me salva... Me cura e me faz ver o espelho que coloco em minha frente. E me vejo num fim de noite como vários... como outros que virão e os que eu não vou fazer questão de lembrar...


Bom fim de noite a todos, com companhia ou não!

07 setembro 2007

Instante

As vezes tudo pára em um momento
Uma música que lembramos
E esse momento dura, quase uma eternidade
Não pensamos em nada, mas ele está lá
Para ser lembrado
Para ser vivido e sentido
Em cada momento, sua importância
Em cada lembrança, a necessidade
De ser lembrada

06 setembro 2007

A primeira vista

"Quando não tinha nada, eu quis
Quando tudo era ausência, esperei
Quando tive frio, tremi
Quando tive coragem, liguei...

Quando chegou carta, abri
Quando ouvi prince, dancei
Quando o olho brilhou, entendi
Quando criei asas, voei...

Quando me chamou, eu vim
Quando dei por mim, tava aqui
Quando lhe achei, me perdi
Quando vi você, me apaixonei..."

(Trecho da música 'A primeira vista' de Chico César, a última vez que a ouvi era uma bela tarde, uma padaria e pão de queijo... uma ótima companhia, naquela tarde tão perfeita).

05 setembro 2007

A-nexo

Na claridade uma saudade.
No oculto, algo inculto.
Não falta a força, se forma
no diabo claro... desejo raro.
A alma torta, se corta
no animal faminto, longo caminho
na água nua, a lua...
Na solidão, exatidão, paixão
Ou não

04 setembro 2007

Desejo

Não é pecado uma mulher desejar, deixar-se dominar,
confessar estes desejos a alguém afim de obter êxito.
O amor ‘convencionado’ socialmente, este conduzido
de tal forma, faz com que acreditemos nele.
Este amor não é amor,
um amor que sente obrigação de telefonar todo dia
de comemorar o dia dos namorados tal como ele
é proclamado...
Isso é uma entrega à costumes, à fidelidade,
Invejo as pessoas que conseguem se entregar
a esse convencional amor,
um não atender aos desejos do corpo e da mente
(tento me libertar destes convencionalismos todo dia).
Não que eu não ame, só quero me entregar
à corpos, cheiros, carinhos e prazeres diferentes
(classificada socialmente eu seria ‘safada’),
A mente da gente está tão habituada
a seguir o ‘certo’ o ‘comum’
que chego até a pensar que estou pensando demais,
agindo mal.
Mas só se trata de sexo, nada mais, meu corpo está pedindo,
latejando, pulsando, esquentando, com sede.
Intenso prazer contido, escondido, ardido...

02 setembro 2007

Indomados

Livre-me de pensamentos incrédulos.

Jogue-os em água corrente.

E que não voltem mais!

Parecem tão insolentes...

Eu, Etiqueta











Em minha calça está grudado um nome

que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça até o bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordem de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio intinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos de mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas indiossicrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco de roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
asio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, me recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo dos outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade)